Contados

E o vento soprou pela última vez.

Quando voltou já não era mais o mesmo: era novo, tranquilo e revigorante.

Tinha um ar gostoso, como quando se é criança e o cheiro da chuva aparece de tardezinha.

Fechei os olhos e mergulhei em minhas profundezas.

Rapidamente apaguei todos os meus pensamentos, me livrei de todos os acontecimentos e limpei minha mente para receber o novo.

E qual não foi a minha surpresa quando o telefone tocou.

Quando você chegou.

Quando o interfone tocou.

Quando desci com o vestido branco e você estava lá.

Que surpresa com a sua gentileza.

De abrir a porta pra mim.

De criar sorrisos sem fim.

De fazer um carnaval dentro de mim.


E que seja assim...

E que seja assim.


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